A ver se leio o Monte dos Vendavais
Janeiro 21, 2008
E então, enquanto esperávamos os nossos sakés, à luz parca das velas que burilavam nas mesinhas pequenas do restaurante da moda, sito à Rua Dias Ferreira, no Leblon, eu acenderia um cigarro - não, não fumo mas gostava tanto - e olhar-te-ia nos olhos, enquanto tu me perguntarias subitamente enraivecido ou enternecido (you choose): Mas tu tens algum "culpómetro" que te permita fazer juízos desse calibre?
Chovia aquela chuva molha parvos que eu seguia por cima do teu ombro, após desviar o olhar do teu, alarmada com a merda da intimidade a que terias acabado de te permitir.
Chovia ou garoava, não sei bem.
Apagaria o cigarro quase intacto, que se partiria ao meio, no cinzeiro transparente em cima da mesa e concentrar-me-ía na dupla de fois gras à nossa frente.
Tens que ler o Monte dos Vendavais, lançaste, só para disfarçar a pouca destreza no uso dos hashi.