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um blog da diáspora blasée

O lápis azul induzido

Outubro 06, 2007

Isto é um blogue sem escrúpulos, escrito por uma gaja muitas vezes azeda e, na maior parte do tempo, incapaz do amor como o descreve o sonso do Alberoni. Gosta normalmente das maiores barbaridades, das maiores crueldades e de vinganças criativas. É um blogue terapeutico. Como tal, não pode estar sujeito a restrições, censuras, rasuras.
Normalmente escrito a correr, debaixo de um sol escaldante e temperaturas nada amenas.
A escaranfunchar o pior que há em mim, e incansavelmente à procura de maleitas nos outros. Sempre desconfiado do mundo. Medíocre. Raivoso. Mesquinho e pidesco. É também um blogue onde se mente muito. Onde os aumentativos são constantes e os pontapés habituais.
Aliás, eu até nem moro no Brasil. Sequer tenho computador em casa. Venho todos os dias aqui, ao Centro Paroquial de Bencatel, recriar-me. É que o padre gosta de mim e eu não tenho nada mais interessante para fazer.
Pronto, era só isto. Sinto-me muito melhor agora.

Portanto...

Outubro 04, 2007



...quando ela canta: "é que eu sambo direitinho assim bem miudinho cê não sabe acompanhar", é o fim.

Vai um sambinha? Não.

Outubro 03, 2007

Há uma coisa que qualquer mulher de bom senso nunca deve aproveitar para fazer ao pé de uma brasileira: Essa coisa é sambar. Eu sei que aqui chegadas, o calor, a vegetação, os negões, os papagaios, a Floresta da Tijuca nos dão uma enorme vontade de, digamos, inovar. Fazer coisas que nunca fizemos, saltar de parapente, de asa delta, nadar no mar impossível do Leblon, como se em pleno Algarve, ter lições de surf aos 37. Pôr silicone all over, começar a aparvalhar no tom de voz para tentar ficar naquele irritante registo delas, de quem se está sempre a vir... Ok é estúpido, mas façam. Principalmente a parte do silicone que não dói nada e ninguém precisa ficar para sempre com aquele look India da Amazónia. Mas sambar. Sambar nunca. É até bom que comecem logo a preparar desculpas convincentes dentro do avião. Uma dor de barriga, uma gravidez repentina, partam o salto das sandálias, ou tranquem-se na casa de banho e comecem aos berros. Mas sambar, sambar NUNCA. Ousaram um sambinha? Um passinho minúsculo e desengonçado de tuga, então saibam que se deram à morte. Que não é caso para tanto? Mas é. Fujam, fujam de qualquer rodinha de samba. Se não conseguirem, porque eles querem muito (querem sempre) vão. O suplício daquelas ancas balanceadoras, daqueles passinhos perfeitos, daquelas bundas inacreditáveis na nossa cara (e na deles), costumam fazer de nós, mulheres muito mais humildes. Todas as coisas têm um lado bom, olha que chatice.

Eu sei, meu querido, é melhor dar-me à morte aqui.

Conviver com vacas até dia 26

Outubro 03, 2007

Temi o pior quando, ontem de manhã, vi pendurado lá no alto da parede do Hotel Marina o aviso gigante: As Vacas Vão Invadir a Cidade Maravilhosa.
E assim, durante a noite, como quem não quer nada, os organizadores desse estúpido evento, vieram e espalharam as vacas mais chatas do mundo ao longo de todo o calçadão, do Leblon ao Arpoador, e não faço ideia, que não aguento tanto cooper, se também em Copacabana.
Enfim, lá me agarrei aos cornos de uma, cor de laranja, para fazer os alongamentos.

"Afinal não sou tão bacalhau como tu pensas"

Outubro 01, 2007

Em pulgas, estou em pulgas para me ouvir. A mim e a ti. Dizem que fizemos um belo par, mas como Deus escreve lá como escreve, (e ele sabe muito bem o que faz, pelo menos o meu filho acredita nele, quem sou eu para não) não consigo, o maldito computador não abre o podcast. Espero que tenhas morrido pelas minhas sandálias sex everywhere, se bem que desconfio seres é grande apreciador das do Manolo, mais sex and the city. Desculpa mas dessas não encontrei aqui. Fiz o melhor que pude, assim sem rede, sem treinos, népia. Fiquei com pena de não me teres convidado para ir ver "As vampiras lésbicas de Sodoma" (risos), de não termos gozado sobre o fabuloso destino de Vera Galpe, a writer do momento. E amei o Bombay. Teria bebido mais três, mas isso a neta de meu avô, não poderia nunca confessar.
Os Police lá cantaram aquela outra música pidesca, aquela em que nem respirar se pode, porque nos topam logo a quilómetros. Infelizmente é a minha cara. Mas são coisas que tu não sabes, coisas que não te disse e de tudo interessa só isto: Gosto porque tudo aqui é completamente irracional. Acredita: "o açucar mais doce, a crueldade mais atroz". Tudo do que somos feitos.
Ainda bem que comprei duas vezes a Visão, do Lobo Antunes. Agora é que vai ser, jogar poker com as cartas viradas para cima. Bora lá.


adenda: A frase do título foi ouvida a uma amiga durante o jantar em que, infelizmente, estavas em outra mesa. E a caracterização das sandálias é da Samantha que também lá estava.

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