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um blog da diáspora blasée

Transas all over Lisbon

Novembro 26, 2008

Pronto. Já está em todas as boas livrarias. Se entrarem em alguma que ainda não tenha, descomponham o gerente, implorem aos livreiros, façam boa pub. Livro magnífico e tal, autora gira e tudo. Nesse ponto da conversa podem abrir o livro e apontar para a foto da badana, é esta gaja aqui. Esta gira que se foi para terras de belzebu e olhe lá o fantástico e exótico capítulo 60.
A sensação? Boa, mas esquisita. Não lhes consegui tocar. E na Fnac do Colombo estavam na prateleira da literatura brasileira. Deixei-os ficar, parecia que estava a abandonar umas crianças ranhosas. Foi esta a sensação, anoto para descrever ao Zieger no regresso ao Rio. Entretanto tenho andado muito calada e só falo no livro brrrg, mas depois de um pires de tremoços no balcão da cervejeira Lusitânia, do Vasco da Gama - mulheres portuguesas não jantam sozinhas, nem comem tremoços, fui ver o filme do genial Meirelles e saí de lá com a lagriminha no canto do olho. São tempos e dias de loucura em Lisboa, estes. A Moore também tem muito mais sardas do que eu.

Jaquinzinhos e descobertas moldavas

Novembro 20, 2008

Penélope Charmosa
Não sei se gosto mais dos copos, se da ginjinha.
Dudu
Olá. Estava a olhar para ti.
Penélope Charmosa
(sem saber o que fazer ao caroço da Ginja) E eu para ti.
Dudu
(Desanuviando) Também, não há muito mais para onde olhar.
Penélope Charmosa
Costumava vir aqui com o meu pai. Almoçávamos no João do Grão...
Dudu
Eu fui almoçar ao João do Grão.
Penélope Charmosa
E agora, vais trabalhar?
Dudu
Não. Vou fingir que leio umas coisas, enquanto vejo mulheres giras na net.
Penélope Charmosa
Não entendi... Chamo-me Penélope.
Dudu
Eduardo. Penélope como nos desenhos animados?
Penélope
Sim. Mas o que é que tu fazes?
Dudu
Sou editor. Tenho uma editora chamada Formiga.
Penélope
Não conheço.
Dudu
Pois. Só edito autores desconhecidos. Adoro autoras moldavas.
Penélope
(rindo)Moldavas? Só moldavas? E isso vende?
Dudu
Sim. São bestialmente erotizadas. Queres outra?
Penélope
Pode ser. Vou para casa e preciso escrever uma coisa qualquer sexual.
Dudu
Uma mulher que bebe Ginjas deve escrever bem. Apesar de não ser moldava.
Penélope
Não sei. Nunca mostrei a ninguém.
Dudu
Tens problemas com a rejeição? Engraçado, as moldavas mandam as maiores porcarias e estão-se nas tintas para a rejeição.
Penélope
Deve ser cultural.
Dudu
Gostava de te ler. Sempre saía da rotina. As moldavas têm muitos pelos.
Penélope
Tens algum descontrolo? Pareces ser daquelas pessoas que precisam tomar lítio toda a vida.
Dudu
(Gargalhando) Acho que te vou editar.
Penélope
Eu? No meio das moldavas e numa editora chamada Formiga?
Dudu
Gostas de Jaquinzinhos fritos?
Penélope
Adoro.
Dudu
Então amanhã almoçamos?

um segundo cálice antes de

Novembro 14, 2008

Voltemos então ao lugar onde deixámos Penélope Charmosa e Dudu: Encostados ao balcão de mármore um bocado encardido, mas bastante estiloso da ginjinha do Rossio. Ainda sem terem trocado uma única palavra, embora seja essa a vontade dos dois. Isso nós sabemos que já vimos muito, mas queremos ainda ver mais e por isso aqui vamos ficando, o tempo que for preciso, talvez medido à distância de um segundo cálice, que estas coisas são mesmo assim.
E ela falará porque embevecida com os olhos meigos de criança por trás das lentes, ele por nada em especial, ou simplesmente porque está sozinho há tempo demais e o decote de Penélope Charmosa lhe lembrou isso e o comoveu.

Penélope Charmosa

Novembro 07, 2008

Penélope Charmosa tinha uma vida interior muito densa e um problema com a rejeição. E essas duas coisas juntas tinham feito com que chegasse ao ponto de ter 16 originais guardados no computador, que é a gaveta dos modernosos.
Até que um dia , quis o acaso (que quer sempre muito) cruzá-la com Eduardo, vulgo Dudu, no estranho porém acolhedor lugar escolhido pelo Mr. Chance: A Ginjinha do Rossio.
Dudu estava encostado ao balcão da casa, rodeado de africanos, com uns controversos óculos pretos que lhe davam o ar frágil e levemente intelectual dos solitários.
E a primeira coisa em que Penélope pensou enquanto saboreava a ginja do último gole foi, este homem não saberá dançar, mas acho que gosto dele. Isto pensou ela, mas não disse, é claro, que a idade tinha-lhe proporcionado a calma necessária para enfrentar situações como a que, com certeza, está para acontecer. Mas por hoje paramos por aqui. Pois, tal como Penélope, ando numa de fazer o prazer durar.

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