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Janeiro 28, 2011
Sobre estas lineas Frederica Rush, vice campeã olímpica en Badminton en su mansion de los Hamptons. "Me gustaria mucho volver a jugar lo badmitu, pero por ora so lo quiero dicer que no soy mas una poliamorosa."
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Janeiro 28, 2011
Sobre estas lineas Frederica Rush, vice campeã olímpica en Badminton en su mansion de los Hamptons. "Me gustaria mucho volver a jugar lo badmitu, pero por ora so lo quiero dicer que no soy mas una poliamorosa."
Janeiro 26, 2011
Salvo raras excepções - que cabem todas nos dedos da minha mão esquerda, que é a mais pequenina das duas, mas também a mais bonitinha - nunca tive Inveja do Pénis, uma ideia que entrou na minha vida à força, uma vez, numa sessão macaca no consultório do Dr. Ziegger. Irritei-me tanto com aquilo (o pénis e a inveja) que lhe disse: Isso que me está a tentar dizer não passa de uma falácia mediático-machista, de um judeu louco. É... Ao contrário de outras ocasiões mais oficiais, eu uso palavras quando estou toda mal deitada no consultório do meu brasileiro, seguidorzinho de meia tigela do tarado do Freud. Consigo até ter raciocínios com princípio meio e fim...Mas não tenho. Não tenho mesmo essa inveja do pénis, que depois vim estudar para casa. Acontece que ele achou que eu tinha, porque estando nós naquilo e eu irritadiça com o rumo da conversa, levantei-me, sentei-me na beirada do sofá e olhando-o nos olhos disse imperativoenervada, Pare de coçar o saco! Você já reparou que está sempre a coçar o saco e que isso me desconcentra?
Vem isto a propósito de outro assunto que não são pénis, mas pilas. E é disso que preciso falar para pôr o meu dia para funcionar bem. Está um dia lindo lá fora, tenho assuntos de banco para tratar, material escolar para comprar, uma cachorra de quatro meses para levar à rua, de duas em duas horas e ainda apanhar-lhe os cócós, dois adolescentes em casa há sessenta dias a comerem bolachas e a beberem Coca Zero e o meu corpo sardento e sarado de mulher quarentona para levantar da cama. Tudo sem querer ouvir falar de pilas, pilinhas, pilotas, paus, tubos, Augustos, treinadores de campo e de bancada e outros nomes. Mas, como se sabe, menos é mais. Portanto de pilas, por agora, só quero a do Mineiro, o meu trolha e mesmo essa só à distância e por interesse, porque me ajuda na obra que tem que acabar rápido.
Eu era muito ciumenta em pequenina. A única altura na minha vida em que ficava mal se alguém tinha uma pila maior que a minha. Nesses momentos ficava muito competitiva e era até capaz de discutir sobre se o tubarão que eu tinha em casa, escondido no armário da cozinha, era mais mau e maior que o do outro parvo, de quem eu estava a ter um ataque de ciúmes. Agora já não. Agora já não. Mas o meu pai, o meu pai é polícia. E é melhor que o teu.
Janeiro 24, 2011
Era tão preciso não estarmos todos fodidos. Passou a ser muito raro ouvir Elis Regina. Fujo dela como fujo da poesia e de conversar contigo. Os dez livros de poesia que tenho estão todos escondidos em Lisboa. É preciso uma pureza qualquer que deixei de ter e uma coragem grande para ouvir Elis e ler poesia e falar contigo. As duas coisas ao mesmo tempo: ouvir Elis e ler poesia - aqui tu não entras, descansa - deve ser de morrer. Um bocadinho de Elis e uma tarde de poesia. Devia obrigar-me, para ver o que acontecia. Rimei. Talvez murchasse, talvez não, talvez saísse a gritar pela minha mãe Iemanjá, praia afora... Ou pela minha mãe verdadeira, no Facebook.
Em vez disso, prefiro folhear livros ao calhas do João Cabral de Melo Neto sempre que vou à Travessa para ver se gosto daquilo, quando sei muito bem que não gosto nada daquilo, nem entendo patavina da poesia impossível do João Cabral de Melo Neto.
Quando passou a ser muito raro falar contigo sem ser por sinais de fumo, a única linguagem que tu admites, porque nunca te mostraram que é possível conversar: ouvir e dizer; olhar, tocar, trocar tudo; olhar, tocar, saber tudo; olhar, tocar e ser transparente como a água aqui do Arpoador nos dias de Verão, etc. Quando isso aconteceu, passei a fazer das tripas coração. Ou foi a química que me fodeu o coração. E depois penso em todos os bifes duros que mastiguei à frente do meu pai, na Cervejaria Trindade, cada vez que era preciso ter uma conversa e compreendo-te tão bem, mas não te digo nada. Porque era tão preciso não estarmos todos fodidos. Olha, há uma música da Elis que se chama, Como Nossos Pais. Não oiças. Em vez disso, se puderes acredita no que te digo nesta espécie de sinais de fumo: O samba pode ser uma saída.
Janeiro 23, 2011
Janeiro 21, 2011
O Carlos Castro era uma anã. O Carlos Castro era uma víbora. O Carlos Castro era o basfond da gaylândia. O Carlos Castro falava mal de toda a gente que era melhor que ela. O Carlos Castro era uma cabra e agora eu acredito que há alguém que cuida de nós lá em cima porque o Carlos Castro teve a morte que merecia, uma morte de filme de terror, assassinado por um cabrão maluco. Mas um Cabrão bom para aquela cabrita. Eu vomitava cada vez que aparecia o Carlos Castro na Televisão, bichona nojenta a acertar contas com os inferninhos mal resolvidos dele. E pensava, é nisto que não te podes tornar, tu podes ser gay, adorar maminhas, mas tem medo, tem muito medo, olha se ficas um homem Carlos Castro?
O Carlos Castro não foi empalada até morrer, mas podia ter sido, porque o Carlos Castro personificava toda a merda cócó diarreia que alguém pode ser. A história do Carlos Castro podia ser contada às criancinhas, nos colégios, para os impedir de se tornarem maldizentes, chantagistas, julgadores, fofoqueiros, cínicos, pessoas feias: "olha se disseres mal do teu amigo vais acabar como o Carlos Castro, as tuas cinzas deitadas num respiradouro do metro de Nova Iorque a sujar os casacos das pessoas que trabalham, ou então o turbante branco de algum monhé bonzinho". Foda-se, às vezes Deus dá um ar da sua graça. Agora só faltam a Maya e o Cláudio Ramos.
Janeiro 20, 2011
Há um grau de tristeza que quando aparece é bom, muito bom, para escrever. A gente começa a sentir ela vir e começa a ter vontade de escrever. Não para deixar de estar triste, mas para aliviar a tristeza. Alguns dizem: Ok, é como falar com um amigo. Pois é. É como falar com um amigo. Acontece que quanto mais crescidos estamos, menos vontade temos de falar com amigos de certas questões insanas - afinal há a fome no mundo, os aleijados, pessoas que nasceram anãs, ou que vivem com saquinhos pendurados na barriga e eles vão atirar-nos isso à cara, porque já ninguém tem cu. Esses saquinhos têm um nome, eu sei, e também sei para que servem, mas, lá está, o pudor impede-me de seguir com a conversa. Até porque me alongo e eu quero voltar aos graus da tristeza.
Encontrar o grau exato, que por exemplo a mim me leva a conseguir escrever, não é fácil. Há momentos em que não estou triste e então deveria escrever crónicas - quando se está com o humor controlado as crónicas saem muito bem - mas não escrevo porque sou neurótica e desconfio da minha própria alegria. Nesses momentos, a não ser que me paguem, vou para a praia pensar quando virá a próxima crise em que produzirei como deve ser, com método, como o querido João Tordo, por exemplo.
Isto deve ser o tal do bloqueio do escritor. E digo o bloqueio do escritor é fodido. Porque mesmo com aquele grau de tristeza bom, não sai cagada nenhuma. Não quer dizer que eu tenha tido, ultimamente muitos graus de tristeza bons - considero um grau bom de tristeza aquelas alturas em que se tem saudades de alguém, ou se teve uma briga com o melhor amigo, duração de duas semanas e tal tendo a certeza(errada, errada!) que se deitou tudo a perder.
Os meus graus de tristeza têm sido de bom para baixo, todos, com ligeiras nuances devido aos fármacos, essas invenções que nos impedem de foder bem, estraçalhar alguém contra uma parede, comer com gosto, beber sem amanhã e pensar. Pensar que é preciso saber estar triste e porque se está triste para poder gozar muito bem o que é o resto, isso de viver com os neurónios acima da linha da água. Comedidamente, é claro, e sem (muita) vontade de escrever porque há alguma coisa mais interessante para fazer.
Janeiro 01, 2011
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