um blog da diáspora blasée

O problema de quem sente culpa é achar que pode ser diferente, ou fazer melhor. Quando percebemos que não podemos ser diferentes e que o que fazemos é o nosso melhor, deixamos de sentir culpa. E o inferno bem pode passar a viver dentro dos outros. E então? Quer vir comer um galeto ao Braseiro da Gávea?

E depois ficar a falar e a rir dos sons que fazemos, naquela felicidade que não deve ser explicada. Medir os pulsos, andar com os dedos pelos braços, pelas costas, omoplatas, ombros, pela linha da cintura, fazer círculos nos joelhos, adorar joelhos, não é beatífico adorar joelhos? E pedir ao nosso amor que nos deixe descansar um bocadinho até a vontade voltar num detalhe que achámos maravilhoso a meio da história que nos estão a contar.