Think I'm gonna get me some happy
Outubro 21, 2008
O livro é sobre o amor a uma cidade e uma ficção sobre mulheres de quarenta anos mais ou menos enlouquecidas. É sobre uma mulher que gosta muito do Philip Roth e do Miguel Esteves Cardoso e adora as novelas do Gilberto Braga e caminhar ao lado do Chico Buarque, no calçadão do Leblon. Uma mulher que não troca o Rio de Janeiro e o amor difícil de todos os dias por uma paixão brutal. Mas que fica a pensar nisso. Uma mulher muito parva e muito analisada também. Tanto que chega a dar a volta. Tem muito Freud, tem búzios, tem sexo, tem a dificuldade de escrever sobre isso e ficar sozinha. E voltar a escrever. Até descobrir que não há nada de novo para dizer. Só sentar à frente do computador e deixar o sangue correr. Na America chamam-lhe fist-writing . Mas os americanos inventam muito.
Visitar o fundo do poço, ah então é isto, e sair de lá à bruta. Muita conversa sobre livros muita síndrome de Zuckerman e um editor a quem o Harold Bloom chamaria um Anjo-Caído. É sobre viver entre o Rio e Lisboa. E poder gostar de duas cidades ao mesmo tempo. Como de dois homens. Ou, se quiserem, é um livro sobre patinação no gelo.
Visitar o fundo do poço, ah então é isto, e sair de lá à bruta. Muita conversa sobre livros muita síndrome de Zuckerman e um editor a quem o Harold Bloom chamaria um Anjo-Caído. É sobre viver entre o Rio e Lisboa. E poder gostar de duas cidades ao mesmo tempo. Como de dois homens. Ou, se quiserem, é um livro sobre patinação no gelo.
(Segundo o meu editor, estará nas livrarias na segunda quinzena de Novembro. E sim, tenho dormido com o livro em baixo da almofada.)