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um blog da diáspora blasée

azul por todos os lados

Dezembro 20, 2007

Por mero acaso tive a sorte de só me cruzar com dois grupos de portugueses durante estes dias em Búzios. Como tudo na vida e também no mundo, Búzios já foi uma maravilha maravilhosa, hoje é só uma maravilha, mas dá muito bem pró gasto. Pra quem é bacalhau basta, estamos na época, e sim vou comer. Embora vá consoar em casa de uma amiga argentina não me perguntem que não faço a mínima sobre o que comem os portenhos, levo o tal do meu bacalhauzito, isso me basta. Hope so.
Mas como dizia, tive muita sorte e em cinco dias, quatro noites, só dois grupetos passaram por nós, disfarçados, quer pelos meus escandalosos decotes, quer pelo linguajar carioca de minha proletária prole, brinco com as palavras, óbvio.
Aos primeiros ouvi dizer que aquilo parecia muito o Montijo. Não sabia que o Montijo estava tão engraçadito. Fiz muitos sinais à proletária prole. Sinais indicativos de fecharem a boca, não fossem também eles passar por portugueses, o que como toda a gente sabe, nenhum português gosta, quando há assim encontros fora de portas. Bimbos, bimbos, bimbos, três vezes bimbos.
Os outros que vi não eram bimbos, eram grunhos. Da Madeira. Surravam, a mando da avó, a criança que já vinha gritando ao longe. E Dá-lhe um beliscão!, foi o que consegui ouvir a velha aconselhar entredentes, enquanto a mãe da horrivel criancinha vulgo HC, me olhava de esguelha e resolveu passar ao inglês, claro muito mais fina e o caraças, dá-lhe lá com o inglês: Marito i shall say this only once be quiet or i´ll spank you and beliscate you.
Na dúvida fiquei, se o casalzinho que comprava metade da Richards, ele sapato de vela e calção demasiado florido, ela desengraçada e com nuances de tia também eram. No entanto fizemos apostas e olhem Búzios é muito, muito pior que o Montijo.
No escurinho do cinema, chupando dropps de anis, longe de qualquer problema, perto de um final feliz... (a benção, Rita Lee)

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